Epidemiologia dos casos de infecção de corrente sanguínea no Serviço de Hemodiálise do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo

Epidemiology of bloodstream infection cases in the Hemodialysis Service for Public Servants in the State of São Paulo

Autores

  • Marcella Gonsalez Menis Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Cristiano Melo Gamba Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO https://orcid.org/0000-0002-1886-3395
  • Cibele Levefre Fonseca Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Daniela de Sá Pareskevopoulos Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Elaine Fernanda Irineu Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Sandra Rodrigues Barrio Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Priscila Koba Kodato Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • João Silva de Mendonça Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Augusto Yamaguti Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO https://orcid.org/0000-0003-1269-9958
  • Thaís Guimarães Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO

DOI:

https://doi.org/10.59752/rci.v13i3.224

Palavras-chave:

Hemodiálise, Terapia de Substituição Renal, Epidemiologia, Infecção, Infecções Relacionadas a Cateter

Resumo

Resumo
Objetivo: Descrever e analisar a epidemiologia das infecções de corrente sanguínea na unidade de hemodiálise no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE). Método: Análise retrospectiva das notificações das infecções de corrente sanguínea no período de 5 anos, compreendido entre janeiro de 2016 a dezembro de 2021, com inclusão de pacientes conforme os critérios de notificação do Sistema de Vigilância do Estado de São Paulo (CVE) vigente em cada ano. Resultados: O estudo incluiu uma amostra de 431 pacientes. A idade média foi de 61,5 anos, 60% pertenciam ao sexo masculino, 200 pacientes (46%) necessitaram de internação hospitalar, com um tempo médio de internação de 65,5 dias. O cateter permanente representou 64% das ICS, seguido do cateter temporário com 34%. Ao todo foram identificados 385 micro organismos. A maior prevalência foi de gram-positivo, dentre eles o Staphylococcus aureus seguido pelo Staphylococcus coagulase negativo. Os gram-negativos mais prevalentes foram: Serratia marcesens, seguido pelo Enterobacter cloacae e Acinetobacter baumannii. Em 10% (n=46) das amostras não foram identificados micro-organismos. A taxa de mortalidade geral em 30 dias dos 431 pacientes foi de 7% (n=31). Conclusão: A população com insuficiência renal crônica em terapia de substituição renal é de alto risco para infecção de corrente sanguínea, principalmente os que realizam hemodiálise com cateter. É importante salientar que é uma infecção relacionada à assistência à saúde totalmente prevenível, devendo assim ser evitada com medidas preventivas como higiene das mãos, manejo adequado do cateter, tratamento adequado da água e maior confecção de fístula arteriovenosa.

Publicado

2024-12-30