Correlação entre o resultado histopatológico da biópsia e o da exérese de zona de transformação por cirurgia de alta frequência para prevenção do câncer de colo do útero
Correlation between the histopathological result of the biopsy and the excision of the transformation zone by high-frequency surgery for the prevention of cervical cancer
Palavras-chave:
Uterine cervical neoplasms, Excision, transformation zone, High-Frequency, surgery, Colposcopy, colpocytology, Biopsy/histological resultsResumo
Objetivos: comparar os resultados histológicos da biópsia com os da peça cirúrgica da exérese da zona de
transformação, e os resultados citológicos com os resultados histológicos para avaliar a utilização da exérese de zona de transformação por cirurgia de alta frequência na prevenção do câncer de colo uterino. Métodos: foram avaliadas pacientes submetidas a exérese de zona de transformação por cirurgia de alta frequência no serviço de Patologia do Trato Genital Inferior (PTGI) do Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO, São Paulo, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2018. Para análise estatística foi utilizado programa Epi Info 7 e Real Statistics 2021©, e conduzido teste de concordância (coeficiente kappa). Resultados: Verificou-se que dos 101 casos estudados, a avaliação histológica da biópsia e da exérese da zona de transformação apresentou lesão de mesmo grau em 45 pacientes (44,55%). Em 31 (30,69%) a lesão encontrada na exérese da zona de transformação foi menos grave, do que a encontrada na biópsia. Entre elas, 13 pacientes cursaram com o desaparecimento total da lesão. Em 25 pacientes (24,75%) a lesão encontrada na exérese da zona de transformação foi mais grave, do que a encontrada na biópsia, e diagnosticados 2 casos de carcinoma invasor (uma paciente com biópsia prévia de NIC2 e uma de NIC 3). Dentre as 13 pacientes submetidas a exérese de zona de transformação por cirurgia de alta frequência com biópsia prévia negativa ou compatível com NIC 1, 8 pacientes (61,54%) apresentaram NIC 2 e NIC 3 na peça da exérese de zona de transformação. Conclusão: Este estudo mostra que, apesar da fraca concordância absoluta entre os resultados histológicos da biopsia dirigida e da exérese de zona de transformação por cirurgia de alta frequência, e da boa acurácia da biopsia para a detecção de lesões precursoras, a realização da exérese de zona de transformação em pacientes submetidas a biópsia previa complementa a terapêutica na maioria dos casos, principalmente quando a biopsia for compatível com lesão de alto grau ou quando houver discordância cito-histológica entre a colpocitologia oncótica e a biópsia.
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