Retinopatia da prematuridade e corticoterapia

Retinopathy of prematurity and corticosteroid therapy

Autores

  • Vitória Melaré Caran Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO
  • Larissa Nardy Balote
  • Dayane Santos de Melo
  • Rachel Castrillon Leiva Rolim
  • Mariana Nadais Aidar
  • Eric Pinheiro de Andrade Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO

Palavras-chave:

Recém-Nascido prematuro, retinopatia da prematuridade, corticosteróides

Resumo

A retinopatia da prematuridade é uma doença vasoproliferativa presente em prematuros de baixo peso, sendo ocasionada pelo desenvolvimento inadequado da retina. É uma doença progressiva e é classificada segundo a International Classification of Retinopathy of Prematurity a qual caracteriza a doença de acordo com a localização, gravidade, extensão e presença ou não, de doença plus e pré plus. Dentre os principais fatores de risco para a doença encontra-se a prematuridade, a sepse, baixa idade gestacional, baixo peso ao nascer, gravidade da doença cumulativa, terapia com surfactante, alto volume de transfusão sanguínea, baixa ingestão calórica, insulinoterapia, hiperglicemia e ventilação mecânica por mais de uma semana. O objetivo do trabalho foi agrupar informações sobre o uso dos corticosteroides, administrados tanto intrauterino quanto no pós-natal, e avaliar sua associação com a incidência e a gravidade da afecção. O diagnóstico é de grande importância e deve ser realizado com rapidez e precisão por oftalmologistas visando reduzir sua gravidade e sua evolução para cegueira, instituindo tratamento apropriado precoce. A relação entre a corticoterapia e a retinopatia da prematuridade ainda é discutível na literatura. O uso de corticoterapia pré-natal foi mais associado como fator de proteção à retinopatia da prematuridade, enquanto a corticoterapia pós-natal obteve resultados mais discordantes. Há a necessidade de maiores estudos sobre o caso, em especial ensaios clínicos que possam sedimentar melhor o conhecimento do tema, possibilitar a existência de programas de triagem cada vez mais específicos e tornar o cuidado perinatal de melhor qualidade e mais individualizado.

Publicado

2022-08-31

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