A disfunção motora do esôfago está associada ao aumento da displasia no Barett?

Is motor dysfunction of the esophageal is associated with increased dysplasia in Barett?

Autores

  • Camila Silva Thé Cardoso Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO
  • Luiz Henrique de Souza Fontes Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO
  • Renato Luz Carvalho Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO

Palavras-chave:

Manometria/esofágica, dismotilidade esofágica, esôfago de Barrett

Resumo

Introdução: O esôfago de Barrett é uma condição que se desenvolve como consequência da doença do refluxo gastroesofágico. Pode evoluir ao longo de uma gama de alterações patológicas, que incluem esôfago de Barrett não displásico, esôfago de Barrett com displasia de baixo ou alto graus e, por fim, adenocarcinoma esofágico. Os principais fatores de risco estabelecidos para a progressão da doença são: idade avançada, gênero masculino, segmento longo de esôfago de Barrett e displasia. A motilidade esofágica comprometida é outro fator patológico associado à doença de refluxo gastroesofágico. O distúrbio motor leva à estase esofágica e está associado à perturbação da integridade da barreira epitelial e à nocicepção. É possível que no esôfago de Barrett com depuração esofágica reduzida exista uma ruptura da mucosa, com consequente exposição celular a estímulos nocivos, aumentando os mecanismos propícios à displasia. No entanto, a relação entre dismotilidade esofágica e progressão displásica do esôfago de Barrett ainda não é conhecida. Objetivos: Avaliar se a redução da depuração esofágica está associada à progressão displásica no esôfago de Barrett e caracterizar quais os padrões de dismotilidade esofágica são mais comuns nestes pacientes. Métodos: Foram avaliados, retrospectivamente, 32 pacientes portadores de esôfago de Barrett, que realizaram manometria esofágica, no período de 2013 a 2018 no Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO, São Paulo, e comparado os achados da motilidade esofágica com a presença ou não de displasia no esôfago de Barrett. Resultados: 40,6% dos pacientes apresentaram disfunção da motilidade esofágica, mais prevalentemente em mulheres (76,9%). A disfunção da motilidade esofágica, mais comum foi a motilidade esofágica ineficaz. Não houve nenhum caso de esôfago de Barrett displásico. Conclusão: Não há relação entre dismotilidade esofágica e displasia.

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Publicado

2022-05-13