Pneumonia associada a ventilação mecânica

Ventilator-associated pneumonia

Autores

  • Lara Beatriz Alves de Melo Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Ellen Pierre de Oliveira Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO

DOI:

https://doi.org/10.59752/rci.v14i2.265

Palavras-chave:

Pneumonia associada à ventilação mecânica, infecção hospitalar, ventilação mecânica

Resumo

Introdução: A pneumonia associada à ventilação mecânica é uma complicação infecciosa comum em unidades de terapia intensiva, tipicamente ocorrendo após 48 horas de uso de ventilação mecânica. Essa condição está associada ao aumento da morbidade, mortalidade e dos custos hospitalares. Objetivos: Revisar os fatores de risco, os métodos diagnósticos, as abordagens terapêuticas e as estratégias preventivas relacionados à pneumonia associada a ventilação mecânica. Métodos: Realizou-se uma revisão da literatura utilizando bases como PubMed e as diretrizes da ANVISA, com a análise de 25 estudos relevantes publicados nos últimos 10 anos. Resultados: A incidência da doença varia de 5% a 40%, sendo prevalente em países de renda média e baixa. No Brasil, representa cerca de 50% dos casos de pneumonia adquirida no ambiente hospitalar. Entre os principais fatores de risco estão a ventilação mecânica prolongada, as doenças pulmonares crônicas e a presença de patógenos multirresistentes. O diagnóstico é fundamentado em critérios clínicos, radiológicos e microbiológicos. O tratamento empírico inicial deve levar em conta o perfil microbiológico local e os fatores de risco, com a antibioticoterapia ajustada conforme os resultados dos exames microbiológicos, e sua duração geralmente é de 7 dias. As medidas preventivas recomendadas abrangem a higiene rigorosa das mãos, a elevação do decúbito, a redução da sedação, a aspiração subglótica, a higiene oral e o monitoramento da pressão do “cuff”. No entanto, novas abordagens, como o uso de antibióticos profiláticos, ainda carecem de evidências robustas. Conclusão: A padronização dos critérios diagnósticos e a implementação de protocolos preventivos são essenciais para reduzir a incidência da PAV e minimizar seus impactos nos serviços de saúde.

Publicado

2025-09-16