Plasmocitoma ósseo solitário vertebral - Relato de caso com aspectos clínicos, radiológicos e terapêuticos
Vertebral solitary bone plasmacytoma: Case report with clinical, radiological and therapeutic aspects
DOI:
https://doi.org/10.59752/rci.v14i1.246Palavras-chave:
Plasmocitoma, Mieloma MúltiploResumo
Introdução: O plasmocitoma solitário ósseo (POS) é uma neoplasia rara caracterizada pela proliferação monoclonal de células plasmáticas sem envolvimento sistêmico. Clinicamente apresenta sintomas relacionados à lesão óssea, como massa dolorosa, fratura patológica, síndrome de compressão da raiz ou medula espinal. É necessária biópsia para comprovar o tumor ósseo solitário com evidência de clone de plasmócitos e avaliação radiológica completa afastando outras lesões líticas. Objetivos: O objetivo deste estudo é relatar um caso de plasmocitoma ósseo solitário vertebral, o aspecto da lesão nos diferentes métodos radiológicos e na lâmina histológica, bem como as diferentes manifestações clínicas e diagnósticos diferenciais. Métodos: Foram coletadas as imagens do arquivo digital de imagens do Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, em São Paulo. Foram coletados dados e história clínica registrados no prontuário médico eletrônico. Posteriormente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em bancos de dados médicos especializados. Relato de caso: Paciente de 63 anos, sexo masculino, referia crises álgicas lombares com irradiação para membro inferior esquerdo com hipoestesia de pododáctilos há um ano, com piora há quatro meses. Realizado exame de ressonância magnética da coluna lombar, evidenciando lesão infiltrativa que envolvia o corpo e o pedículo vertebral de L2, com áreas de rotura da cortical e extensão aos tecidos moles. Realizada biópsia por congelação com diagnóstico de plasmocitoma ósseo sem evidência de anemia, hipercalcemia ou alteração da função renal. Iniciado tratamento de primeira linha com radioterapia sem resposta e optou-se, então, por começar o tratamento de segunda linha com quimioterapia. Discussão: O plasmocitoma ósseo solitário é uma rara neoplasia localizada de células plasmáticas sem manifestações sistêmicas. Afeta principalmente adultos com idade média de 50 a 60 anos, com ligeira predominância em homens. Os locais mais comuns são vértebras, ossos longos, pelve e crânio. A sintomatologia é variável, incluindo dorsalgia e possíveis déficits neurológicos em casos avançados. O diagnóstico é baseado em critérios específicos, excluindo o mieloma múltiplo. A radioterapia é a primeira linha de tratamento, e a cirurgia pode ser considerada para casos específicos. A terapia sistêmica pode ser necessária em casos de risco de evolução para mieloma múltiplo ou não regressão da lesão. O tratamento deve ser individualizado, com acompanhamento adequado para monitorar a evolução da doença. A familiaridade com essa condição é importante, especialmente ao considerar diagnósticos diferenciais de dorsalgia e para excluir a possibilidade de mieloma múltiplo. Conclusão: O plasmocitoma ósseo solitário é uma condição rara que pode ser desafiadora. Embora a radioterapia seja o tratamento padrão, em alguns casos não é eficaz. Nesses casos, outras opções terapêuticas, como quimioterapia ou cirurgia, devem ser consideradas. Para garantir um cuidado abrangente e personalizado aos pacientes, é essencial investir em pesquisa contínua e fomentar a colaboração multidisciplinar entre oncologistas, radiologistas e cirurgiões.
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