Perfil epidemiológico e descrição temporal dos efeitos do tratamento com toxina botulínica nos pacientes com blefaroespasmo e espasmo hemifacial tratados no HSPE
Epidemiological profile and temporal description of the effects of botulinum toxin treatment in patients with blepharospasm and hemifacial spasm
DOI:
https://doi.org/10.59752/rci.v14i1.238Palavras-chave:
Blefarospasmo, Espasmo Hemifacial, Toxinas Botulínicas Tipo AResumo
Introdução: O blefaroespasmo essencial benigno e o espasmo hemifacial são transtornos do movimento que provocam contrações faciais involuntárias e impactam a qualidade de vida dos pacientes. A toxina botulínica tipo A é o tratamento de escolha para essas doenças. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes que realizam tratamento com toxina botulínica para blefaroespasmo e espasmo hemifacial nos serviços de oftalmologia e neurologia, avaliar a temporalidade dos efeitos desse tratamento (tempo para início de ação e duração do efeito) e avaliar a ocorrência de efeitos colaterais. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e transversal. Para o levantamento dos dados, foi necessária a consulta aos prontuários médicos de uma série de sessenta e nove pacientes com espasmo hemifacial e nove com blefaroespasmo em tratamento com toxina botulínica tipo A (500 unidades) nos ambulatórios da neurologia e oftalmologia. Resultados: A idade média de início dos sintomas nos pacientes com espasmo hemifacial foi de 57,94±9,31anos (mediana: 58 anos), e 63,33±11,45 anos (mediana: 66 anos) nos pacientes com blefaroespasmo. O tempo médio para início do efeito da toxina botulínica nos pacientes com espasmo hemifacial foi de 7,05±5,00 dias (mediana: 7 dias), e 4,77±2,81 dias (mediana: 3 dias) nos pacientes com blefaroespasmo. O tempo médio de duração dos efeitos do tratamento foi de 4,27±4,28 meses (mediana: 3 meses) nos pacientes com espasmo hemifacial, e 6,77±4,49 meses (mediana: 4 meses) no blefaroespasmo. Tanto no espasmo hemifacial como no blefaroespasmo, a maioria dos pacientes não teve efeitos colaterais com os procedimentos (79,7% e 66,7%, respectivamente). Conclusão: Foi constatado um nível adequado de concordância entre os dados obtidos neste trabalho e os dados pesquisados na literatura. Isso ratifica o padrão clínico e de resposta ao tratamento do espasmo hemifacial e do blefaroespasmo essencial benigno.
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