Representação histórica da eletroconvulsoterapia: Filmes e séries acompanharam essa evolução?

Historical representation of electroconvulsive therapy: have films and series followed this evolution?

Autores

  • Darlex Machado de Souza Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Miguel Siqueira Campos Junior Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO

DOI:

https://doi.org/10.59752/rci.v13i2.207

Palavras-chave:

Convulsoterapia, Eletroconvulsoterapia, Convulsões Psicogênicas não Epilépticas, Psiquiatria, Filmes Cinematográficos

Resumo

Introdução: A eletroconvulsoterapia (ECT), apesar de sua eficácia e segurança, enfrenta controvérsias devido à sua representação negativa na mídia como uma forma de tortura, o que causou seu declínio nas décadas de 70 e 80. No entanto, com a evolução e refinamento da técnica, o debate sobre a ECT está retornando, levantando o questionamento se o cinema e as séries têm acompanhado essa mudança. Objetivos: Avaliar a representação da eletroconvulsoterapia em filmes e séries, tanto no Brasil quanto no exterior, desde a década de 1940 até o presente, e analisar a evolução das técnicas e indicações da ECT ao longo do tempo desde a sua invenção. Métodos: A busca por produtos audiovisuais que abordassem a eletroconvulsoterapia se deu através de sites especializados em cinema, livros, fóruns online e na plataforma Pubmed. A partir da análise desses resultados, foram selecionados 6 filmes (5 longas e 1 curta-metragem) e 3 episódios de séries, que contemplam diversas décadas da televisão e do cinema, bem como diferentes abordagens da ECT. Resultados: A primeira representação da ECT no cinema foi em The Snake Pit (1948), mostrando o tratamento de forma positiva. Nos anos 50, filmes como Fear Strikes Out apresentavam a ECT como uma ferramenta eficaz, mas a partir dos anos 60, a percepção mudou para uma crítica ao uso abusivo da técnica, como em One Flew Over the Cuckoo’s Nest (1975). A década de 80 intensificou essa visão negativa, com filmes como Frances e Return to Oz. Desde os anos 90, a representação da ECT tornou-se mais focada na experiência dos pacientes, oferecendo uma visão mais equilibrada e informativa do tratamento. Conclusão: A representação da eletroconvulsoterapia na mídia muitas vezes perpetua estigmas e distorções, ignorando os avanços modernos no tratamento. É crucial que filmes e séries abordem a ECT com maior precisão para promover uma compreensão por parte do público de forma mais informada e atual.

Publicado

2024-08-23