Qual tipo de refluxo é predominante no esôfago de Barrett longo: ácido ou não ácido?

Which type of reflux is predominant in long Barrett’s esophagus: acidic or non-acidic?

Autores

  • Janedson Baima Bezerra Filho Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Luiz Henrique de Souza Fontes Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO
  • Renato Luz Carvalho Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" HSPE-FMO

DOI:

https://doi.org/10.59752/rci.v13i2.202

Palavras-chave:

Refluxo Duodenogástrico, Refluxo Biliar, Esôfago de Barrett

Resumo

Introdução: Vários relatos sugerem que o refluxo não ácido pode produzir esofagite, esôfago de Barrett e até o adenocarcinoma esofágico. Embora o refluxo ácido seja o principal fator no desenvolvimento do esôfago de Barrett, o refluxo biliar (não ácido) pode ter um papel sinérgico na fisiopatologia dessa doença. A supressão ácida agressiva com inibidor de bomba de prótons diminui acentuadamente ambos. Objetivo: Determinar a prevalência do refluxo não ácido no esôfago de Barrett longo através da impedâncio-pHmetria prolongada. Método: Foram avaliados, retrospectivamente, 10 indivíduos com esôfago de Barrett longo (>3,0 cm) entre março e dezembro de 2022, submetidos ao exame de impedâncio-pHmetria de 24 horas. Resultados: 60% dos pacientes apresentaram refluxos tanto ácidos quanto não ácidos. Apenas 30% tiveram refluxos não ácidos e 10% apresentaram somente refluxos ácidos. Conclusão: Identificou-se que o componente não ácido está envolvido, em uma grande proporção, na patogênese do esôfago de Barrett. É essencial reconhecer o tipo de refluxo predominante nesta doença, crucial para abordar um tratamento mais efetivo, especialmente naqueles indivíduos com sintomas persistentes mediante uma terapia supressora de ácido.

Publicado

2024-08-23