Experiência com o uso do denosumabe no tratamento da osteoporose no paciente extremo idoso
Experience with the use of denosumab in the treatment of osteoporosis in the extremely elderly patient
DOI:
https://doi.org/10.59752/rci.v13i1.182Palavras-chave:
Osteoporose, idoso, denosumabeResumo
Introdução: A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda progressiva de massa óssea e deterioração da microarquitetura o que a torna mais frágil e propensa a fraturas. Uma das opções de tratamento disponíveis para reduzir o risco de fraturas em pacientes com osteoporose é o denosumabe, um anticorpo monoclonal que inibe a ação dos osteoclastos, e ajuda a preservar a massa óssea. Objetivos: Analisar detalhadamente o perfil de pacientes extremo idosos com osteoporose em tratamento com denosumabe. Métodos: Estudo retrospectivo em hospital terciário de São Paulo. Foi feita a revisão de prontuário de 121 pacientes, com idade igual ou superior a 80 anos e que receberam tratamento com denosumabe no período entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2022. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo feminino com 91,74% e apenas 8,26% do sexo masculino, com média de 86 anos. Destes pacientes, (67%) não tiveram hospitalizações durante o período do estudo. A ocorrência de fraturas sintomáticas foi baixa, a média de escore T do fêmur total dos pacientes foi de -2,4. Com relação ao uso prévio de bisfosfonatos, 90% dos pacientes já haviam utilizado essa classe de medicamentos. Desses, 51% fizeram uso de bisfosfonatos orais por mais de 5 anos e 23% utilizaram bisfosfonato endovenoso pelo mesmo período. A maioria dos pacientes (87%) fazia uso de mais de 5 medicamentos diariamente. Mais da metade apresentavam mais de 5 comorbidades. O uso prévio da teriparatida foi registrado em 31% dos pacientes. Conclusão: Este estudo retrospectivo forneceu um perfil detalhado de pacientes extremo idosos com osteoporose em tratamento com denosumabe. As características clínicas e densitométricas da população avaliada permitem inferir que se trata de um grupo de pacientes com alto risco para fraturas por fragilidade. Verificou-se uma excelente adesão ao tratamento (o que corrobora a expectativa de que a posologia semestral é favorável) e um número pequeno de fraturas sintomáticas e internações que sugere que o denosumabe pode ser uma opção eficaz para reduzir o risco de fraturas em extremo idosos com osteoporose.
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