Trombocitopenia imune: diagnóstico e evolução de pacientes acompanhados em serviço de referência do Estado de São Paulo
Immune thrombocytopenia: diagnosis and evolution of patients followed up at a reference service in the State of São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.59752/rci.v12i4.164Palavras-chave:
Trombocitopenia imune, púrpura trombocitopênica imune, esplenectomiaResumo
Introdução: A púrpura trombocitopênica idiopática, é uma doença hematológica benigna caracterizada por trombocitopenia. É doença adquirida, cuja etiologia está relacionada à produção de autoanticorpo que age contra a membrana da plaqueta acarretando sua destruição. O sintoma clínico mais comum é o sangramento cutâneo mucoso, na forma de petéquias, equimoses, epistaxe e gengivorragia. Sangramentos mais graves, como o de sistema nervoso central, são menos comuns. O diagnóstico é realizado quando a plaquetometria é menor que 100.000/mm³, sem outras citopenias associadas, e após exclusão de outras causas de plaquetopenia. O tratamento é realizado por meio da imunossupressão do paciente e tem como objetivo manter uma contagem de plaquetas adequada para que não haja prejuízo à hemostasia primária. Objetivos: Este trabalho visa traçar o perfil de pacientes com púrpura trombocitopênica idiopática acompanhados em serviço único de referência e correlacionar os dados encontrados quanto ao diagnóstico, evolução e tratamentos que foram realizados com o que é descrito em literatura. Métodos: Estudo analítico observacional retrospectivo sobre o perfil dos pacientes portadores de púrpura trombocitopênica idiopática realizado no período de fevereiro a novembro de 2022, a partir de registros contidos no prontuário eletrônico do Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira” - HSPE - FMO de São Paulo. Resultados: Foram avaliados 100 pacientes (78% mulheres: 22% homens), idade mediana 58 (11 - 84) anos, a média de plaquetas ao diagnóstico 33.801,04 (DP ± 30.382)/mm³. Dos pacientes analisados, 22% foram mantidos com tratamento conservador, 69% submetidos à 1ª linha com corticoterapia, 7% corticoterapia +imunoglobulina (Ig) e 2% esplenectomia. Dos pacientes 1ª linha, 56,5% tiveram resposta completa (RC): PLQ ≥100.000/mm³, 28,9% apresentaram resposta parcial (RP): PLQ>30.000/mm³ ou duas vezes maior que a contagem inicial, e 14,4% sem resposta: PLQ<30.000/mm³ ou inferior a duas vezes o valor inicial. Dentre os que receberam 1ª linha, associada ou não à Ig, 64,4% precisaram de 2ª linha em 30,6 meses. Conclusão: Os achados encontrados foram condizentes com a literatura e reforçam que o acompanhamento regular associado às propostas terapêuticas são fundamentais para o sucesso do tratamento desta doença.
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