Influência do consumo de ácidos graxos, vitamina D e antioxidantes na endometriose: Revisão de literatura
Influence of consumption of fatty acids, vitamin D and antioxidants on endometriosis: Literature review
Palavras-chave:
Endometriose, dieta, dietoterapia, suplementos nutricionais, antioxidantes, vitamina D, ácidos graxosResumo
Introdução: A endometriose é uma condição inflamatória crônica estrogênio-dependente caracterizada por crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina. É uma desordem multifatorial com envolvimentos genéticos, imunológicos, hormonais e ambientais. O principal sintoma é a dor pélvica, mas, devido ao caráter inespecífico dos sintomas, o atraso no diagnóstico e a limitada eficácia dos tratamentos vigentes, buscam-se novas formas de controlar a doença, e a alimentação é uma dessas. Vitamina D e ômega-3 parecem ter efeitos sobre mecanismos inflamatórios e de crescimento celular respectivamente, assim como antioxidantes, como vitamina A, C e E, controlam o estresse oxidativo. Objetivo: Avaliar a influência de dieta rica em ácidos graxos, vitamina D e antioxidantes na fisiopatologia e no tratamento de endometriose. Metodologia: Revisão literária nas bases de dados PUBMED, COCHRANE e LILACS entre 2016 e 2021 com 84 artigos encontrados e, após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 19 artigos foram lidos na íntegra sobre o tema. Resultados: Quatro artigos relacionados a ácidos graxos, metade dos quais demonstra aparente redução de dor com este consumo, mas sem significância estatística; um outro artigo não confirmou relação entre consumo de peixes com endometriose e outro evidenciou redução de sintomas álgicos com consumo de ácidos graxos, vitamina D e antioxidantes. Em relação a antioxidantes, cinco artigos foram encontrados e todos obtiveram relação positiva entre consumo de antioxidantes e endometriose. Ao passo que 10 artigos
abordaram o tema de vitamina D, metade dos quais demonstrou relação entre hipovitaminose D e endometriose, já a outra metade não conseguiu tal confirmação. Conclusão: Ácidos graxos poli-insaturados, como ômega-3, parecem reduzir sintomas álgicos na endometriose; a vitamina D parece modular a patogênese, sendo a hipovitaminose D um potencial componente de severidade da doença; todavia, devido à heterogeneidade dos estudos, não se pode confirmar essas associações. Por outro lado, antioxidantes têm controle sobre estresse oxidativo e melhoram a sintomatologia da endometriose.
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