Doença renal no mieloma múltiplo

Kidney disease in multiple myeloma

Autores

  • Aline Rocha Santos Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO
  • Linik Zanetti Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO
  • Daniel Rinaldi dos Santos Hospital do Servidor Público Estadual “Francisco Morato de Oliveira”, HSPE-FMO

Palavras-chave:

paraproteinemias, plasmocitoma, componente monoclonal, cadeias leves, insuficiência renal, nefropatia por cilindros

Resumo

Mieloma múltiplo é uma discrasia plasmocitária que abrange quase 10% de todas malignidades hematológicas. É mais frequente nas idades mais avançadas, especialmente acima dos 80 anos. Para distinguir mieloma de outras discrasias plasmocitárias, o diagnóstico é baseado na histologia, sorologia, achados radiográficos e inclui células plasmocitárias na medula óssea ou confirmação histológica de plasmocitoma, uma proteína monoclonal no soro ou na urina e dano de órgão evidenciado por insuficiência renal, hipercalcemia, anemia ou lesões líticas. É mais frequentemente apresentada como insuficiência renal e proteinúria. Ocasionalmente há disfunção renal tubular, incluindo defeitos na acidificação, concentração e raramente, síndrome de Fanconi. O mieloma, pode ainda ter relação com amiloidose e doença de depósitos de imunoglobulinas monoclonais, o que aumenta o espectro de sua apresentação clínica. Uma pequena parte dos pacientes evolui para estágio final da doença renal crônica, necessitando de terapia renal substitutiva. O tratamento do mieloma passa pela quimioterapia com bortezomibe e com dexametasona em altas doses. Aqueles que possuem disfunção renal significativa na apresentação tendem a ter piores resultados que aqueles sem, apesar da terapia agressiva.

Publicado

2023-04-19